Para ter um cabelo bonito e saudável é necessário proteger o couro cabeludo e os fios.
Mas, muitas pessoas, na busca por cabelos
permanentemente lisos, acabam realizando a chamada escova progressiva
com formol. No entanto, este método usado por muitos cabeleireiros pode
causar sérios danos não só ao cabelo, mas gera muitos riscos também à
saúde do profissional e do cliente.
É por isso que a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o uso de Formol neste
tratamento capilar. Para entendermos a seriedade desta questão, vejamos a
estrutura química do formol e as consequências de seu uso.
O formol, também conhecido como formaldeído, é um composto orgânico pertencente ao grupo dos aldeídos. Sua fórmula molecular é CH2O e sua nomenclatura oficial é metanal.
Sua principal utilização é como conservante de cadáveres e peças de
cadáveres, mas também é usado como preservador na borracha, adesivos,
gelatinas e sucos, produção de alguns produtos químicos, confecção de
seda artificial, vidros, espelhos, corantes e explosivos.
![Fórmula estrutural do Formol (Metanal) Fórmula estrutural do Formol (Metanal)](http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/formula-do-formol.jpg)
Fórmula estrutural do Formol (Metanal)
O seu uso como matéria-prima de
conservantes de cosméticos é liberada com o limite máximo de 0,2% e como
endurecedor de unhas com o limite de 5%. No entanto, para atuar como alisante, a sua concentração aumenta para 37%;
uma concentração realmente muito elevada, já que em contato com o calor
do secador, este aldeído libera vapores com odor penetrante e
irritante. Se forem inalados podem causar intoxicação aguda, irritação para pele, olhos, narina, trato respiratório e mucosa. Além disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera este composto como cancerígeno.
Até mesmo o cabelo que deveria ser o principal beneficiado com este tratamento é muito prejudicado. O formol destrói as moléculas que formam o fio, criando uma capa que encobre os estragos internos. Além da quebra e ressecamento dos fios, a oleosidade do couro cabeludo aumenta, pois esta “capa” não permite que o óleo natural dos cabelos escorra pelos fios.
Assim, lembre-se: o dinheiro a
ser ganho ou o cabelo liso apenas provisoriamente não vale a pena quando
comparados com os malefícios causados por este processo.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/escova-progressiva-com-uso-formol.htm
Mulheres adoram brincar com o visual dos cabelos. E a coloração tem o
poder de mudar muito a aparência: ressaltar os olhos e até dar
personalidade.
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Mas o excesso traz conseqüências, às vezes, irreversíveis às madeixas.
No caso das tinturas ou descolorantes,
os males da química têm solução. "Os fios têm várias escamas e, no caso
da descoloração, ele penetra nas primeiras camadas. Se no processo as
cutículas não forem fechadas, eles estarão mais suscetível às agressões,
portanto ficarão opacos, sem vida e quebradiços. O tonalizante tem
justamente essa função. Aplicamos um banho de tonalizante no final não
apenas para suavizar a cor, mas também proteger os fios e dar brilho",
explica Francisco Oliveira, hairstylist do Espaço Beleza Adf.
A
tintura não chega a ser tão agressiva, "podemos dizer que atualmente os
produtos têm mais ‘respeito’ pelo fio, pois contem hidrantes". Mesmo
assim é importante mantê-los sempre hidratados e fazer aplicações da
tintura com intervalos de pelo menos 40 dias para os cabelos naturais e
20 dias no caso de fios brancos.
Para a overdose de coloração, o
hairstylist indica fazer hidratações no salão, também chamadas de
reconstrução capilar, método que penetra o produto no fio. Se o mesmo
processo for feito com alguma chapinha, ele recebe o nome de
cauterização. "O instrumento quente vai ter a função de selar o
'hidratante' nos fios formando um filme protetor. Também indico as máscaras capilares
aplicadas em casa. A da marca kérastase é bastante eficaz". Mas antes
de escolher o melhor método, sempre veja com o seu cabeleireiro quais
elementos o seu cabelo perdeu mais, entre eles, sais minerais ou óleos
naturais, dessa forma ele escolherá o tratamento adequado.
Outro vilão dos fios é o alisamento definitivo.
"O cuidado já começa antes de escolher método. É imprescindível fazer
um teste de mechas para saber quanto o fio suporta princípios ativos,
entre eles, guanidina ou tioglicolato de amônia", alerta Ruben Navarro,
da rede Walter's Coiffeur.
Assim que você observar os fios ásperos ou porosos é necessário
procurar um tratamento que restaure os fios, devolva os nutrientes que
perdeu, mas sabia que nenhum deles restaura as madeixas. Se o alisamento
deixar os fios bastante esticados, com aspecto de vassoura, os danos
são irreversíveis. O jeito é esperar os fios crescerem e cortar o que
está danificado. Aqueles que ficarem menos prejudicados podem receber
ainda produtos para evitar a quebra.
A química da tintura e do
alisamento também é a grande causa das famosas pontas duplas. Para
evitar isso, use condicionadores sem enxágüe e reparadores de pontas,
sempre com moderação.
Na busca de manter um cabelo modelado e com
repicado mais definido, a mulherada tem a escova com secador como um
importante aliado no dia a dia. Quem abusa dela sem usar produtos
termoativados para proteger os fios do contato com o calor e tem mania
de colocar o secador muito próximo da cabeça, terá os cabelos secos e
quebradiços, e as pontas mais espetadas. A solução também é hidratar os
cabelos. Com máscaras de tratamento você já consegue bons resultados.
Para domar os fios rebeldes, o "líquido milagroso" é o leave-in.
Quando se aplica mais do que deve, a conseqüência é o inverso: cabelos
pesados, com aspecto de oleosos, e até aparência de sujos. "O produto
não chega a danificar o fio, mas a oleosidade pode ser a causa de uma
dermatite ou inflamações no couro. O correto é aplicar produto do meio
dos cabelos até as pontas, em pouca quantidade. Shampoos antirresíduos,
usados a cada 15 dias, também ajudam a contornar o uso em excesso",
aconselha Navarro.
Na
maioria dos casos, hidratação e tratamentos semelhantes conseguem
salvar os fios prejudicados. Mas lembre-se que o verão está aí e as
possibilidades do cabelo ficar sem vida após o uso constante da química,
do secador, entre outros, é ainda maior. Prevenção sempre é o melhor
remédio.
Por Juliana Lopes
Fonte: http://vilamulher.terra.com.br/quimica-em-excesso-nos-cabelos-o-que-fazer-2-1-12-213.html
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