COLÉGIO ESTADUAL DOM
CARLOS – EFMNP
DISCIPLINA: Química 1° ano ANO
LETIVO: 2013
PROFESSOR: Elton Agostinho de Araújo
MATÉRIA E ENERGIA
Matéria
Matéria
é tudo o que tem massa e ocupa um lugar no espaço, ou seja, possui volume.
A
ausência total de matéria no espaço é chamada de vácuo.
Ex.: madeira, ferro,
água, areia, ar, ouro e tudo o mais que existe no espaço.
Corpo
Corpo
é qualquer porção limitada de matéria, que possui massa, peso e volume
definidos.
Ex.: tábua de madeira,
barra de ferro, cubo de gelo, pedra.
Objeto
Objeto
é um corpo adquirido, fabricado ou elaborado para ter aplicações úteis ao
homem. Ou seja, qualquer corpo pode se tornar um objeto.
Ex.: mesa, lápis,
estátua, cadeira, faca, martelo.
Energia
Energia
é a capacidade de realizar trabalho, é tudo o que pode modificar a matéria, por
exemplo, na sua posição, fase de agregação, natureza química. È também tudo que
pode provocar ou anular movimentos e causar deformações.
A energia pode ser
classificada como:
·
Energia Cinética, é a energia associada ao
movimento e depende da massa (m) e da velocidade (v) de um corpo.
·
Energia Potencial, é aquela que se encontra
armazenada num determinado sistema e que pode ser utilizada a qualquer momento
para realizar uma tarefa.
Existem dois tipos de energia
potencial: a elástica e a gravitacional.
A energia potencial gravitacional está
relacionada com uma altura (h) de um corpo em relação a um determinado nível de
referência.
A energia potencial
elástica está associada a uma mola ou a um corpo elástico.
·
Energia Mecânica Total, A energia mecânica total
de um corpo é constante e é dada pela soma das energias cinética e potencial.
Obs.: I – No Sistema
Internacional de Unidades (SI), a energia é expressa em joule (J).
II – Existem outras
formas de energia: energia elétrica, térmica, luminosa, química, nuclear,
magnética, solar (radiante).
Lei da Conservação da Energia
As
energias não podem ser criadas nem destruídas. Sempre que desaparece uma
quantidade de uma classe de energia, ela não some ou se perde, ela se converte
em uma quantidade exatamente igual de outra(s) classe(s) de energia.
A
partir das noções de matéria e energia, podemos classificar os sistemas em
função da sua capacidade de trocar matéria e energia com o meio ambiente. Nesse
sentido os sistemas podem ser:
·
Sistema Aberto, tem a capacidade de trocar tanto
matéria quanto energia com o meio ambiente. Ex.: água em um recipiente aberto
(a água absorve a energia térmica do meio ambiente e parte dessa água sofre
evaporação).
·
Sistema Fechado, tem a capacidade de trocar
somente energia com o meio ambiente. Esse sistema pode ser aquecido ou
resfriado, mas a sua quantidade de matéria não varia.
Ex.: Um
refrigerante fechado.
·
Sistema Isolado, não troca matéria nem energia
com o sistema. A rigor não existe um sistema completamente isolado, tende de se
ter em mente que algum tipo de troca com o meio pode ocorrer.
Ex.: um exemplo
aproximado desse tipo de sistema é a garrafa térmica.
Propriedades da Matéria
Propriedades
são determinadas características que, em conjunto, vão definir a espécie de
matéria. Podemos dividi-las em 3 grupos: gerais, funcionais e específicas.
ü Propriedades
Gerais, são propriedades inerentes a toda espécie de matéria.
São as
propriedades gerais da matéria:
·
Massa: é a medida da quantidade de matéria.
·
Extensão: é o espaço que a matéria ocupa, o seu
volume.
·
Inércia: é a propriedade que os corpos têm de
manter o seu estado de movimento ou de repouso inalterado, a menos que alguma
força interfira e modifique esse estado.
·
Impenetrabilidade: duas porções de matéria não
podem ocupar, simultaneamente, o mesmo lugar no espaço.
·
Divisibilidade: toda matéria pode ser dividida
sem alterar a sua constituição, até um certo limite ao qual chamamos de átomo.
·
Compressibilidade: sob a ação de forças
externas, o volume ocupado por uma porção de matéria pode diminuir.
·
Elasticidade: Dentro de um certo limite, se a
ação de uma força causar deformação da matéria, ela retornará à forma original
assim que essa força deixar de agir.
·
Porosidade: a matéria é descontínua. Isso quer
dizer que existem espaços (poros) entre as partículas que formam qualquer tipo
de matéria. Esses espaços podem ser maiores ou menores, tornando a matéria mais
ou menos densa.
ü
Propriedades Funcionais, são propriedades comuns
a determinados grupos de matéria, identificados pela função que desempenham.
Ex.: ácidos, bases, sais, óxidos,
álcoois, aldeídos, cetonas.
ü Propriedades
Específicas, são propriedades individuais de cada tipo particular de matéria. Podem
ser: organolépticas, químicas ou físicas.
·
Organolépticas, são propriedades capazes de
impressionar os nossos sentidos, como a cor, que impressiona a visão, o sabor,
que impressiona o paladar, o odor que impressiona o nosso olfato e a fase de
agregação da matéria (sólido, líquido, gasoso, pastoso, pó), que impressiona o
tato.
Ex.: água pura (incolor, insípida,
inodora, líquida em temperatura ambiente); barra de ferro (brilho metálico,
sólida).
·
Químicas,
são responsáveis pelos tipos de transformação que cada matéria é capaz
de sofrer. Relacionam-se à maneira de reagir de cada substância.
Ex.: oxidação do ferro, combustão
do etanol.
·
Físicas, são certos valores encontrados
experimentalmente para o comportamento de cada tipo de matéria quando
submetidas a determinadas condições. Essas condições não alteram a constituição
da matéria, por mais diversas que sejam. As principais propriedades físicas da
matéria são:
SUBSTÂNCIA
É
uma porção de matéria constituída por somente um tipo de constituinte. Ou seja,
o tipo de matéria.
EX.: água destilada
OBS.: Uma substância pura é
qualquer material que apresenta temperatura de fusão e ebulição constantes a
uma dada pressão e densidade característica em determinada temperatura e
pressão.
EX.: água pura
Substancia Simples
Uma
substância simples é toda substância formada por átomos de apenas um tipo de
elemento químico. Não pode ser decomposta em outras substâncias.
EX.: N2, H2,
O2, He, Fe
Substancia Composta
Uma
substância composta é toda substância formada por átomos de mais de um tipo de
elemento químico. Pode ser decomposta em outras substâncias.
EX.: CO2, H2O,
NaCl
As Fases de Agregação das Substâncias
Os
estados de agregação dizem respeito a maneira como as partículas que compõem as
substancias interagem e se integram entre si. As fases de agregação se dividem
em:
·
Fase Sólida, é caracterizada pela rigidez. As
substâncias apresentam maior organização de suas partículas constituintes,
devido a possuir menor energia. Essas partículas formam estruturas geométricas
chamada retículos cristalinos. Apresenta forma invariável e volume constante.
·
Fase Líquida, é caracterizada pela fluidez. As
partículas se apresentam desordenadas e com certa liberdade de movimento.
Apresentam energia intermediária entre as fases sólida e gasosa. Possuem forma
variável e volume constante.
·
Fase Gasosa, é caracterizada pelo caos. Existem
grandes espaços entre as partículas, que apresentam grande liberdade de
movimento. É a fase que apresenta maior energia. Apresenta forma e volume
variáveis.
Mudanças De Fases Das Substâncias
O
estado de agregação da matéria pode ser alterado por variações de temperatura e
de pressão, sem que seja alterada a composição da matéria. Cada uma destas
mudanças de estado recebeu uma denominação particular:
·
Fusão: é a passagem da fase sólida para a líquida.
·
Vaporização: é a passagem do estado líquido para
o estado gasoso.
Obs.: a
vaporização pode receber outros nomes, dependendo das condições em que o
líquido se transforma em vapor.
·
Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido
para o estado de vapor, que ocorre predominantemente na superfície do líquido,
sem causar agitação ou o surgimento de bolhas no seu interior. Por isso, é um
fenômeno de difícil visualização.
Ex.: bacia com água em um determinado
local, roupas no varal.
·
Ebulição: é a passagem rápida do estado líquido
para o estado de vapor, geralmente obtida pelo aquecimento do líquido e
percebida devido à ocorrência de bolhas.
Ex.: fervura da água para
preparação do café.
·
Calefação: é a passagem muito rápida do estado
líquido para o estado de vapor, quando o líquido se aproxima de uma superfície
muito quente.
Ex.: Gotas de água caindo sobre uma
frigideira quente.
·
Sublimação: é a passagem do estado sólido
diretamente para o estado gasoso e vice-versa.
Obs.: alguns autores chamam de
ressublimação a passagem do estado de vapor para o estado sólido.
·
Liquefação ou condensação: é a passagem do
estado gasoso para o estado líquido.
·
Solidificação: é a passagem do estado líquido
para o estado sólido.
OBS.: A diferença entre
Gás e Vapor. Vapor, é a designação dada à matéria no estado gasoso, quando é
capaz de existir em equilíbrio com o líquido ou com o sólido correspondente,
podendo sofrer liquefação pelo simples abaixamento de temperatura ou aumento da
pressão.
Gás, é o fluido,
elástico, impossível de ser liquefeito só por um aumento de pressão ou só por
uma diminuição de temperatura, o que o diferencia do vapor.
MISTURA
Possuem
fusão e ebulição que podem variar em determinada faixa de temperatura e
apresentam densidades diferentes em função de sua composição, pois são formados
por mais de uma substância. Ou seja, pela união de substâncias diferentes.
Mistura Homogênea
Tipo
de mistura que apresenta aspecto uniforme em toda sua extensão, ou seja,
apresenta somente uma fase.
EX.: Álcool hidratado, ouro
de 18 quilates (75% de ouro, 12,5% de prata e 12,5% de cobre), gasolina
combustível, soro fisiológico, vinagre, ar.
Mistura Heterogênea
Tipo
de mistura que apresenta aspecto multiforme, ou seja, apresenta duas ou mais
fases.
EX.: granito (quartzo +
feldspalto + mica), pólvora (salitre + carvão + enxofre), água e óleo, madeira,
sangue, leite.
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS
Os componentes das
misturas podem ser separados para a obtenção das substâncias que constituem a
mistura. Para tanto, os processos variam de acordo com o tipo de mistura.
Vejamos algumas
técnicas de separação de misturas:
·
Catação, consiste basicamente em recolher com as
mãos ou uma pinça um dos componentes da mistura.
Exemplo:
separar feijão das impurezas antes de cozinhá-los.
·
Levitação, separa substâncias mais densas das
menos densas usando água corrente.
Exemplo: processo usado por
garimpeiros para separar ouro (mais denso) da areia (menos densa).
·
Dissolução ou Floculação, consiste em dissolver
a mistura em solvente com densidade intermediária entre as densidades dos
componentes das misturas.
Exemplo: serragem + areia. Adiciona-se
água na mistura. A areia fica no fundo e a serragem flutua na água.
·
Peneiração, separa sólidos maiores de sólidos
menores ou ainda sólidos em suspensão em líquidos.
Exemplo: os pedreiros usam esta
técnica para separar a areia mais fina de pedrinhas; para separar a polpa de
uma fruta das suas sementes, como o maracujá. Este processo também é chamado de
tamização.
·
Separação Magnética, usado quando um dos
componentes da mistura é um material magnético. Com um ímã ou eletroímã, o
material é retirado.
Exemplo: limalha de ferro +
enxofre; areia + ferro.
·
Ventilação, usado para separar dois componentes
sólidos com densidades diferentes. É aplicado um jato de ar sobre a mistura.
Exemplo: separar o amendoim torrado
da sua casca já solta; arroz + palha.
·
Dissolução Fracionada, consiste em separar dois
componentes sólidos utilizando um líquido que dissolva apenas um deles.
Exemplo:
sal + areia. Dissolve-se o sal em água. A areia não se dissolve na água.
Pode-se filtrar a mistura separando a areia, que fica retida no filtro da água
salgada. Pode-se evaporar a água, separando a água do sal.
·
Sedimentação, consiste em deixar a mistura em
repouso até o sólido se depositar no fundo do recipiente.
Exemplo:
água + areia
·
Decantação, é a remoção da parte líquida,
virando cuidadosamente o recipiente. Pode-se utilizar um funil de decantação
para remover um dos componentes da mistura.
Exemplo:
água + óleo; água + areia
·
Filtração, processo mecânico que serve para
separar mistura sólida dispersa com um líquido ou gás. Utiliza-se uma
superfície porosa (filtro) para reter o sólido e deixar passar o líquido. O
filtro usado é um papel-filtro. O papel-filtro dobrado é usado quando o produto
que mais interessa é o líquido. A filtração é mais lenta. O papel-filtro
pregueado produz uma filtração mais rápida e é utilizada quando a parte que
mais interessa é a sólida.
Exemplo:
água + areia
·
Evaporação, consiste em evaporar o líquido que
está misturado com um sólido.
Exemplo:
água + sal de cozinha (cloreto de sódio). Nas salinas, obtém-se o sal de
cozinha por este processo. Na realidade, as evaporações resultam em sal grosso,
que se for purificado torna-se o sal refinado (sal de cozinha), que é uma
mistura de cloreto de sódio e outras substâncias que são adicionadas pela
indústria.
·
Destilação, consiste em separar líquidos e
sólidos com pontos de ebulição diferentes. Os líquidos devem ser miscíveis
entre si.
Exemplo:
água + álcool etílico; água + sal de cozinha
O
ponto de ebulição da água é 100°C e o ponto de ebulição do álcool etílico é
78°C. Se aquecermos esta mistura, o álcool ferve primeiro. No condensador, o
vapor do álcool é resfriado e transformado em álcool líquido, passando para
outro recipiente, que pode ser um frasco coletor, um erlenmeyer ou um copo de
béquer. E a água permanece no recipiente anterior, separando-se assim do
álcool.
Para
essa técnica, usa-se o aparelho chamado destilador, que é um conjunto de
vidrarias do laboratório químico. Utiliza-se: termômetro, balão de destilação,
haste metálica ou suporte, bico de Bunsen, condensador, mangueiras, agarradores
e frasco coletor. Este método é a chamada Destilação Simples.
Nas
indústrias, principalmente de petróleo, usa-se a destilação fracionada para
separar misturas de dois ou mais líquidos. As torres de separação de petróleo
fazem a sua divisão produzindo gasolina, óleo diesel, gás natural, querosene,
piche.
As
substâncias devem conter pontos de ebulição diferentes, mas com valores
próximos uns aos outros.
·
Fusão Fracionada, separa componentes de misturas
homogêneas de vários sólidos. Derrete-se a substância sólida até o seu ponto de
fusão, separando-se das demais substâncias.
Exemplo: mistura sólida entre
estanho e chumbo. O estanho funde-se a 231°C e o chumbo, a 327°C. Então,
funde-se primeiramente o estanho.
ÁTOMO
De acordo com várias fontes
bibliográficas, os gregos antigos foram os primeiros a questionarem a
constituição da matéria, e partir de seus experimentos constatarem que é
formada por tais partículas, as quais chamaram átomo, que significa
indivisível.
Neste tempo, imaginava-se e
entendia-se o átomo como pequenas partes de forma variável que constituía toda
a matéria. Sua forma variava de acordo com a substancia que formava.
De acordo com este contexto que
se mantém até hoje, é que átomo é a menor estrutura que compõe a matéria, ou a menor
parte constituinte da substância ou do elemento químico.
Depois de muitos avanços
científico-tecnológicos e de varias descobertas e contribuições de diversos
cientistas como Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr, se sabe que o átomo é
formado por duas estruturas:
·
A eletrosfera, formada por elétrons é a parte
periférica do átomo. Que devido a sua extensão e o tamanho diminuto dos
elétrons é tida como um grande vazio.
Em resumo:
ü
Prótons: tem carga elétrica positiva e uma massa
unitária.
ü
Nêutrons: não tem carga elétrica, mas tem massa
unitária.
ü
Elétrons: tem carga elétrica negativa e quase
não possuem massa.
MODELOS ATÔMICOS
Os
modelos atômicos são teorias fundamentadas na experimentação. Tratam-se de
explicações para mostrar como o átomo é constituído e seu funcionamento. Para
tanto, diversos cientistas desenvolveram suas teorias até que se chegou ao modelo
atual.
São
os principais modelos propostos:
·
Modelo Atômico de Dalton, professor inglês, em
1808 propôs uma explicação da natureza da matéria. A proposta foi baseada em
fatos experimentais. Os principais postulados da teoria de Dalton são:
1. “Toda matéria é composta por minúsculas
partículas chamadas átomos”.
2. “Os átomos de um determinado elemento são
idênticos em massa e apresentam as mesmas propriedades químicas”.
3. “Átomos de diferentes elementos apresentam massa
e propriedades diferentes”.
4. “Átomos são permanentes e indivisíveis, não
podendo ser criados e nem destruídos”.
5. “As reações químicas correspondem a uma
reorganização de átomos”.
6. “Os compostos são formados pela combinação de
átomos de elementos diferentes em proporções fixas”.
A conservação da massa durante uma reação química
(Lei de Lavoisier) e a lei da composição definida (Lei de Proust) passou a ser
explicada a partir desse momento, por meio das ideias lançadas por Dalton.
·
Modelo Atômico de Thomson, pesquisando sobre
raios catódicos e baseando-se em alguns experimentos, J.J. Thomson propôs um
novo modelo atômico. Thomson demonstrou que esses raios podiam ser
interpretados como sendo um feixe de partículas carregadas de energia elétrica
negativa. A essas partículas denominou-se elétrons. Por meio de campos
magnético e elétrico pôde-se determinar a relação carga/massa do elétron.
Consequentemente, concluiu-se que os elétrons
(raios catódicos) deveriam ser constituintes de todo tipo de matéria pois
observou que a relação carga/massa do elétron era a mesma para qualquer gás
empregado. O gás era usado no interior de tubos de vidro rarefeitos denominadas
Ampola de Crookes, nos quais se realizavam descargas elétricas sob diferentes
campos elétricos e magnéticos.
Esse foi o primeiro modelo a divisibilidade do
átomo, ficando o modelo conhecido como “pudim de passas". Segundo Thomson,
o átomo seria um aglomerado composto de uma parte de partículas positivas
pesadas (prótons) e de partículas negativas (elétrons), mais leves.
·
Modelo Atômico de Rutherford, em 1911, estudando
a trajetória de partículas a (partículas positivas) emitidas pelo elemento
radioativo polônio, bombardeou uma fina lâmina de ouro. Ele observou que:
- a maioria das partículas a atravessavam a lâmina
de ouro sem sofrer desvio em sua trajetória (logo, há uma grande região de
vazio, que passou a se chamar eletrosfera);
- algumas partículas sofriam desvio em sua
trajetória: haveria uma repulsão das cargas positivas (partículas a) com uma
região pequena também positiva (núcleo).
- um número muito pequeno de partículas batiam na
lâmina e voltavam (portanto, a região central é pequena e densa, sendo composta
portanto, por prótons).
·
Modelo Atômico Clássico, as partículas presentes
no núcleo, chamadas prótons, apresentam carga positiva. A partícula conhecida
como nêutron foi isolada em 1932 por Chadwick, embora sua existência já fosse
prevista por Rutherford.
Dessa forma, o modelo atômico
clássico constitui-se de um núcleo, no qual se encontram os prótons e nêutrons,
e de uma eletrosfera, na qual estão os elétrons girando ao redor do núcleo em
órbitas.
Considerando-se a massa do
próton como padrão, observou-se que sua massa era aproximadamente igual à massa
do nêutron e 1836 vezes maior que o elétron. Logo:
A essas três partículas básicas,
prótons, nêutrons e elétrons, é comum denominar partículas elementares ou
fundamentais.
Algumas características físicas das partículas
atômicas fundamentais:
·
Diante das observações, Rutherford concluiu que
a lâmina de ouro seria constituída por átomos formados com um núcleo muito
pequeno carregado positivamente (no centro do átomo) e muito denso, rodeado por
uma região comparativamente grande onde estariam os elétrons.
·
Nesse contexto, surge ainda a ideia de que os
elétrons estariam em movimentos circulares ao redor do núcleo, uma vez que se
estivesse parados, acabariam por se chocar com o núcleo, positivo.
·
O pesquisador acreditava que o átomo seria de
10000 a 100000 vezes maior que seu núcleo.
·
Modelo Atômico Rutherford-Bohr, O modelo
proposto por Rutherford foi aperfeiçoado por Bohr. Baseando-se nos estudos
feitos em relação ao espectro do átomo de hidrogênio e na teoria proposta por
Planck em 1900 (Teoria Quântica), segundo a qual a energia não é emitida em
forma contínua, mas em ”pacotes”, denominados quanta de energia. Foram
propostos os seguintes postulados:
1. Na eletrosfera, os
elétrons descrevem sempre órbitas circulares ao redor do núcleo, chamadas de
camadas ou níveis de energia.
2. Cada camada
ocupada por um elétron possui um valor determinado de energia (estado
estacionário).
3. Os elétrons só
podem ocupar os níveis que tenham uma determinada quantidade de energia, não
sendo possível ocupar estados intermediários.
4. Ao saltar de um
nível para outro mais externo, os elétrons absorvem uma quantidade definida de
energia (quantum de energia).
5. Ao retornar ao
nível mais interno, o elétron emite um quantum de energia (igual ao absorvido
em intensidade), na forma de luz de cor definida ou outra radiação
eletromagnética (fóton).
6. Cada órbita é
denominada de estado estacionário e pode ser designada por letras K, L, M, N,
O, P, Q. As camadas podem apresentar:
L = 8 elétrons
M = 18 elétrons
N = 32 elétrons
O = 32 elétrons
P = 18 elétrons
Q = 2 elétrons
7. Cada nível de
energia é caracterizado por um número quântico (n), que pode assumir valores
inteiros: 1, 2, 3, etc.
NÚMERO DE PARTÍCULAS DO ÁTOMO
Diz
respeito a quantidade de prótons, nêutrons e elétrons que compõem o átomo de um
elemento químico.
Dessa maneira, temos Número de
prótons= P, Número de elétrons= e, e Número de nêutrons= N.
O número de prótons (P)
determina o numero atômico (Z), então P=Z.
Quando o átomo se encontra no
estado neutro, sem cargas positivas ou negativas, o número de elétrons (e) é
igual ao número de prótons (p) ou ao numero atômico. Então P=Z=e.
O número de massa (A) é
calculado pela soma de prótons e nêutrons, que possuem sua massa igual a 1
unidade atômica. Então, A= P+N ou A= Z+N.
Se representa o numero atômico
e o numero de massa do elemento químico da seguinte maneira:
Exemplo: 11Na23 o elemento
químico sódio tem Z=11 e A=23.
P= 11 prótons
e= 11 elétrons A=
P+N 23= 11+N N= 23-11 N=
12 neutrons
N= ?
ELEMENTO
QUIMICO
Se trata de um conjunto de
átomos que têm o mesmo número de prótons em seu núcleo, ou seja, o mesmo número
atômico (Z).
Os elementos químicos são
representados pelo símbolo atômico, letra que representa o elemento químico, é
normalmente formado pela primeira letra maiúscula do nome do elemento químico.
Exemplo: Elemento químico Carbono, tem símbolo
atômico C.
Elemento
químico Flúor, tem símbolo atômico F.
Quando existem mais de um
elemento químico com nome iniciado pela mesma letra se acrescenta uma segunda letra
minúscula ao símbolo atômico.
Exemplo: Elemento químico Carbono, tem símbolo
atômico C.
Elemento
químico Cálcio, tem símbolo atômico Ca.
Existem alguns elementos que
apresentam símbolo atômico que não condiz com seu nome em atual, isto devido ao
seu nome latino.
Exemplo: Elemento químico Sódio, tem símbolo
atômico Na, seu nome latino Natrium.
Elemento
químico Potássio, tem símbolo atômico K, seu nome latino Kalium.
TABELA
PERIODICA
É a classificação, distribuição
e organização dos elementos químicos de acordo com suas propriedades químicas e
físicas.
A tabela periódica e
estruturada em famílias ou grupos, que são as colunas verticais e totalizam 18
grupos, e as linhas ou períodos, que são as colunas horizontais e totalizam 7
linhas.
A distribuição ocorre em ordem
crescente de numero atômico, e as propriedades se dividem em:
·
Propriedades aperiódicas, são aquelas que não se
repetem nos períodos variando a medida que o numero atômico aumenta.
Exemplos
de propriedades aperiódicas: calor específico, índice de refração, dureza e
massa atômica. É válido ressaltar que a massa atômica sempre aumenta de acordo
com o número atômico do elemento, e não diz respeito à posição deste elemento
na Tabela.
·
Propriedades periódicas, são aquelas que se
repetem nos períodos, com o aumento do numero atômico elas crescem ou
decrescem. Entre as propriedades periódicas temos: raio atômico, energia de
ionização, eletroafinidade, eletronegatividade, densidade, temperatura de fusão
e ebulição e volume atômico.
Muitos cientistas propuseram
diferentes maneiras de classificar e organizar os elementos químicos como Classificação
de Döbereiner - Lei das Tríades (1817), Classificação de Chancourtois -
Parafuso Telúrico (1862), Classificação de Newlands - Lei das Oitavas (1864). Mas,
dois cientistas trabalharam isoladamente um do outro, mas chegaram a resultados
parecidos, Julius Lothar Meyer (1830-1895) e Dmitri Ivanovitch Mendeleev
(1834-1907), e destes últimos se originou a Tabela Periódica atual.
DISTRIBUIÇÃO
ELETRONICA EM NIVEIS OU CAMADAS
A distribuição eletrônica
consiste na distribuição eletrônica em ordem crescente de energia, da camada de
menor energia ou mais próximo do núcleo para a de maior energia ou mais distante
do núcleo do átomo, de maneira que a maioria das camadas seja completada.
A partir de bases
experimentais, as quais se embasam sua teoria atômica, Bohr propõe que a
eletrosfera do átomo é divida em camadas ou níveis de energia. Cada camada e
constituída por um número limitado de elétrons.
Camada
ou nível
|
Número
de elétrons
|
K
|
2
|
L
|
8
|
M
|
18
|
N
|
32
|
O
|
32
|
P
|
18
|
Q
|
8
|
Cada elétron carrega uma
quantidade de energia que é aumenta à medida que se distancia do núcleo do
átomo para a periferia da eletrosfera. Quando o átomo recebe certa quantidade
de energia, alguns elétrons absorvem uma quantia de energia (quantum de
energia) e salta para uma camada mais externa. Quando eles retornam às suas
camadas de origem eles liberam esse quantum de energia em forma de onda eletromagnética
(luz).
Quando o átomo esta no estado
fundamental o número de elétrons e igual ao numero de prótons ou ao numero
atômico e são distribuídos em ordem crescente de energia respeitando a
quantidade máxima de elétrons que cada camada comporta.
Exemplo: 11Na => Z=11, P= 11, logo,
e= 11.
A distribuição fica então K= 2, L= 8 e M= 1.
8O => Z=8, P= 8, e= 8
A distribuição fica então K= 2, L= 6.
DISTRIBUIÇÃO
ELETRONICA EM SUBNIVEIS OU DE PAULING
Linus Pauling propôs
algebricamente por meio de seu diagrama, conhecido como pirâmide de energia,
que as camadas ou níveis que formam a eletrosfera são dividas em subníveis de
energia.
São os subniveis que compõem as
camadas shap= s, principal= p, difuse= d e fundamental= f. Cada um comporta uma
quantidade máxima de elétrons, s= 2, p= 6, d= 10 e f=14.
Seguindo o diagrama a
distribuição eletrônica em subniveis, fica a seguinte ordem: 1s2, 2s2,
2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10,
4p6, 5s2, 4d10, 5p6, 6s2,
4f14, 5d10, 6p6, 7s2, 5f14,
6d10.
Em que 1s2, o numero
1 corresponde ao nível, a letra s corresponde ao subnivel e o numero dois em
forma de expoente indica a quantidade de elétrons.
Camada
ou nível
|
Nivel
|
Subnivel
|
Número
de elétrons
|
K
|
1
|
s
|
2
|
L
|
2
|
s, p
|
8
|
M
|
3
|
s, p, d
|
18
|
N
|
4
|
s, p, d, f
|
32
|
O
|
5
|
s, p, d, f
|
32
|
P
|
6
|
s, p, d
|
18
|
Q
|
7
|
s, p
|
8
|
Exemplo: 11Na => Z= 11, P= 11, e= 11
Distribuição eletrônica em subniveis: 1s2,
2s2, 2p6, 3s1.
Exemplo: 8O => Z= 8, P= 8, e= 8
Distribuição eletrônica em subniveis: 1s2,
2s2, 2p4.
A distribuição pode ocorrer em
ordem crescente de energia ou em ordem de camada.
Camada de
Valência
É a última camada da
distribuição eletrônica, não importando os subniveis que a compõe.
11Na => Z= 11, P= 11, e= 11
Distribuição eletrônica em subniveis: 1s2,
2s2, 2p6, 3s1.
Nesse caso a camada de valência é a M, representada
pelo numero 3. Tão logo, dizemos que é 3s1.
Exemplo: 8O => Z= 8, P= 8, e= 8
Distribuição eletrônica em subniveis: 1s2,
2s2, 2p4.
Nesse caso a camada de valência é a L, representada
pelo numero 2. Tão logo, dizemos que é 2s2, 2p4.
Seqüência de
preenchimento de orbitais
Deve-se observar a ordem
energética dos subníveis de energia, que infelizmente não é igual à ordem
geométrica. Isso porque subníveis de níveis superiores podem ter menor energia
total do que subníveis inferiores. A energia de um subnível é proporcional à
soma (n + l) de seus respectivos números quânticos principal (n) e secundário
(l).
O número quântico azimutal ou
secundário, representado pela letra l, especifica a subcamada e, assim, a forma
do orbital. Pode assumir os valores 0, 1, 2 e 3, correspondentes às subcamadas
s, p, d, f.
Método analítico para ordenação
dos subníveis:
Exemplos:
1) 3d 4s
n = 3 n = 4
l = 2 l = 0
n + l = 5
n + l = 4
3d é mais energético que 4s
2) 3d 4p
n = 3 n = 4
l = 2 l = 1
n + l = 5
n + l = 5
3d é tão energético quanto 4s
LIGAÇOES
QUÍMICAS
Os átomos tendem a interagir e
a ligarem-se entre si em busca da estabilidade, adquirindo configuração
eletrônica semelhante ao dos gases nobres, de acordo com a Teoria do Octeto.
Esta teoria diz que, para atingir a estabilidade o átomo deve apresentar 8 elétrons
na Camada de Valencia, com exceção daqueles que ficam estáveis com 2 se
igualando ao hélio, como é o caso do hidrogênio, lítio e berílio, por exemplo.
As ligações químicas são
classificadas de acordo com a natureza dos integrantes e a maneira com que
interagem entre si em busca da estabilidade. Se dividindo em:
·
Ligação Iônica – ela ocorre entre metais e não
metais ou hidrogênio e metais pela troca permanente de elétrons, formando íons
que unem pela diferencia entre potencial eletrônico.
Exemplo:
NaCl, Cloreto de Sódio conhecido como sal de cozinha
Características físicas
Características químicas
Na
ligação iônica o resultado final é eletricamente neutro.
Na
fórmula dos compostos iônicos a quantidade de elétrons cedidos é igual à
quantidade de elétrons recebidos. Os elétrons que participam da ligação são
apenas aqueles presentes na camada de valência.
Exemplo:
Uma
regra prática é que os coeficientes da fórmula final sejam o inverso dos
índices de carga elétrica.
Normalmente
os elementos que se ligam ironicamente são os das famílias IA, IIA e IIIA com
os das famílias VA, VIA e VIIA da tabela periódica.
Equação de Lewis
Representa a interação
eletrônica entre os átomos que participam da ligação.
Escrevemos a equação de Lewis
mostrando a interação dos elétrons da camada de valência.
·
Ligação Covalente – é a ligação que ocorre entre
não metais e não metais ou hidrogênio e não metais pelo compartilhamento ou
empréstimo de elétrons formando pares eletrônicos.
As
ligações covalentes se dividem em duas modalidades, a ligação covalente normal
ou molecular e a dativa.
Exemplo: H2O, Oxido de hidrogênio ou
água. Não metal, oxigênio, ligado ao hidrogênio.
Propriedades
físicas
Ligações Simples, Dupla e
Tripla
Verifica-se que ligações
covalentes simples são originadas pelo encontro frontal de orbitais s e/ou p:
constituindo o tipo sigma (σ). Ao passo que as ligações duplas e triplas
possuem uma do tipo sigma e outra(s) do tipo Pi (π).
As do tipo Pi são decorrentes
da interação de orbitais s e/ou p orientados perpendicularmente ao eixo z:
As ligações Pi são mais fracas
que a sigma porque apresentam uma interpenetração menos intensa, assim,
necessitam de menos energia para serem rompidas.
Outro fato a ser observado é
que numa ligação tripla, a energia necessária para romper todas as
constituintes não é 3 vezes maior que a necessária para romper uma ligação
simples. Por exemplo, no etino (acetileno) os dois carbonos apresentam uma
ligação tripla entre si de energia de dissociação média igual a 837 KJ/mol.
Enquanto que uma ligação simples entre carbono não é 3 vezes mais fraca (a
energia de dissociação média é igual a 348 KJ/mol – 2,4 vezes menor).
Isso pode ser explicado pela
repulsão dos elétrons ligantes: é certo de que uma ligação tripla é mais forte
que uma dupla que, por sua vez, é mais forte que uma ligação simples. Porém,
quanto mais elétrons são envolvidos, maior será a força de repulsão entre eles.
Assim, diminuem a estabilidade das ligações e as tornam proporcionalmente menos
intensas.
As ligações covalentes podem
ser representadas por meio da equação de Lewis (também chamada formula
eletrônica), formula estrutural e formula molecular.
Vejamos essas diferentes
representações do gás cloro e da água.
Equação de Lewis ou formula
eletrônica:
Formula estrutural: Cl – Cl
Formula molecular: Cl2 H2O
·
Ligação Metálica – é a ligação que ocorre entre
metal e metal, liberando os elétrons da camada de valência para formarem a
chamada nuvem eletrônica.
No
estado sólido, os metais se agrupam de forma geometricamente ordenados formando
as células, ou grades ou retículo cristalino. Uma amostra de metal é
constituída por um grande número de células unitárias formadas por cátions
desse metal.
Propriedades
físicas mais características dos metais
-
os metais são maleáveis, e são capazes de se transformar em lâminas;
-
os metais são dúcteis, e são capazes de se transformar em fios;
-
os metais são bons condutores de calor;
-
os metais refletem quase toda a luz, pelo fato de serem opacos à luz;
-
os metais possuem alta densidade.
Entre
outras propriedades, e é importante lembrar que nem todas as propriedades se
aplicam a todos os metais. São estas ligações e suas estruturas que os metais
apresentam uma série de propriedades bem características, como por exemplo, o
brilho metálico, a condutividade elétrica, o alto ponto de fusão e ebulição, a
maleabilidade, a ductilidade, a alta densidade e a resistência á tração.
As
ligas metálicas são a união de dois ou mais metais. Às vezes com não-metais e
metais. As ligas têm mais aplicação do que os metais puros.
Exemplos: bronze (cobre + estanho); latão (cobre +
zinco); entre outros.
GEOMETRIA
MOLECULAR
A geometria molecular explica
como estão dispostos os átomos dentro da molécula, os átomos tendem a ficar
numa posição mais espaçada, esparramada possível. Assim conseguem adquirir a
estabilidade.
A geometria molecular baseia-se
na forma espacial que as moléculas assumem pelo arranjo dos átomos ligados.
Assim, cada molécula apresenta uma forma geométrica característica da natureza
das ligações (iônicas ou covalentes) e dos constituintes (como elétrons de
valência e eletronegatividade).
As geometrias moleculares são:
linear, angular, trigonal planar, piramidal, tetraédrica, octaédrica, forma de
T, bipirâmide trigonal, gangorra ou tetraédrica distorcida, quadrado planar,
pirâmide de base quadrática.
Formas geométricas
Para que se torne mais fácil a
determinação da geometria (e, estrutura) de uma molécula, deve-se seguir os
seguintes passos:
1. Contagem do número total de elétrons de valência
(levando em consideração a carga, se for um íon);
2. Determinação do átomo central (geralmente, o
menos eletronegativo e com o maior número de ligações);
3. Contagem do número de elétrons de valência dos
átomos ligantes;
4. Cálculo do número de elétrons não ligantes
(diferença entre número total e o número de elétrons dos átomos ligantes com a
camada de valência totalmente completa);
5. Aplicação do modelo da A teoria da repulsão dos
pares eletrônicos de valência (TRPEV) aponta que os pares eletrônicos (elétrons
de valência, ligantes ou não) do átomo central se comportam como nuvens
eletrônicas que se repelem e, portanto, tendem a manter a maior distância possível
entre si. Mas, como as forças de repulsão eletrônica não são suficientes para
que a ligação entre os átomos seja desfeita, essa distância é verificada no
ângulo formado entre eles.
Modelos
Moleculares
Geometria linear
Geometria triangular
Geometria angular
Geometria tetraédrica
Geometria piramidal
Geometria bipiramidal
Geometria octaédrica
FUNÇÕES
QUÍMICAS
Função química diz respeito à
classificação, organização e agrupamento das substancias químicas de acordo com
suas propriedades físicas e químicas.
Ela se divide em funções
inorgânicas e funções orgânicas.
As funções inorgânicas, são
aquelas que existem no meio sem a intervenção de seres vivos, possuem
composição química variável. São as funções inorgânicas: ácido, base, sal e
oxido.
As funções orgânicas, são
aquelas que existem graças a interação dos seres vivos, são constituídos
basicamente de carbono.
Funções
inorgânicas
O grupo das funções inorgânicas
se divide em quatro grupos:
· Ácido
– Segundo Arrhenius é toda a espécie química que em solução aquosa libera como
único cátion H+.
Exemplo: HCl + H2O → H+ + Cl-
HF + H2O → H+ + F-
H2SO4
+ H2O → H+
+ SO2-
As principais características
físicas dos ácidos são:
- sabor azedo (em
geral tóxicos e corrosivos);
- conduzem eletricidade em solução aquosa (em
água);
- mudam a cor de certas substâncias (indicadores
ácido-base, que são substâncias orgânicas);
- reagem com base formando sal e água;
- geralmente são voláteis (passam com facilidade do
liquido para o vapor).
Os ácidos tem extensa
utilização em nosso cotidiano, podemos apontar de inicio o vinagre (solução de
acido acético 5%) utilizado como tempero e conservante. Podemos ainda citar
alguns outros ácido e seus usos:
- Ácido sulfúrico (H2SO4) – produto químico mais
utilizado na indústria, por isso o consumo de ácido sulfúrico mede o
desenvolvimento industrial de um país. É corrosivo e muito solúvel em água. É
usado em baterias de automóveis, na produção de fertilizantes, compostos
orgânicos, na limpeza de metais e ligas metálicas (aço).
- Ácido clorídrico (HCl) – é um dos componentes do
suco gástrico do nosso estômago. O HCl puro é um gás muito corrosivo e tóxico.
O HCl em solução aquosa é sufocante e corrosivo. É usado na limpeza de pisos e
paredes de pedra ou azulejo. O ácido muriático é o ácido clorídrico impuro.
- Ácido fluorídrico (HF) – é utilizado para a
produção de alumínio, corrosão de vidros (em automóveis), decoração em objetos
de vidro. É altamente corrosivo para a pele.
- Ácido nítrico (HNO3) – ácido tóxico e corrosivo.
Utilizado na produção de fertilizantes e de compostos orgânicos.
Classificação
dos ácidos
Os ácidos podem ser
classificados de acordo com sua composição química, força e ionização.
A) Presença de Oxigênio
- ácidos sem oxigênio – hidrácidos
Exemplos: HCl, HBr
- ácidos com oxigênios – oxiácidos
Exemplos: H2SO4, HNO3
B) Número de
H+ Ionizáveis
- monoácido – produz 1 H+
Exemplos: HCl, HNO3
- diácido – produz 2 H+
Exemplos: H2SO4,H2CO3
- triácido – produz 3 H+
Exemplos: H3PO4, H3BO3
- tetrácidos – 4H+
Exemplos: H4SiO4
Os poliácidos são ácidos com dois ou mais H+
ionizáveis.
C) Força Ácida (Grau De Ionização):
- Hidrácidos:
Fortes: HCl, HBr
Moderado: HF
Fraco: os demais hidrácidos
- Oxiácidos:
Sendo a fórmula genérica: HaEOb, onde:
H = hidrogênio
E = elemento químico
O = oxigênio
a = número de H
b = número de O
Se b-a:
3 ou 2 = ácido forte
1 = ácido moderado
0 = ácido fraco
Exemplos:
HNO3 →
3-1=2 → ácido forte
H3PO4 → 4-3=1 → ácido moderado
H3BO3 → 3-3=0 → ácido fraco
Nomenclatura
dos ácidos
A) HIDRÁCIDOS
Ácido + nome do elemento + ídrico
Exemplos:
HCl – ácido clorídrico
H2S – ácido sulfídrico
B) OXIÁCIDOS
Ácido + nome do elemento + oso/ico
Exemplos:
H2SO4 – ácido sulfúrico
HNO3 – ácido nítrico
H3PO4 – ácido fosfórico
HClO3 – ácido clórico
H2CO3 – ácido carbônico
Todos os ácidos acima terminam em ICO. Eles servem
como referência para dar nome aos demais oxiácidos. Se diminuirmos o número de
oxigênio destes ácidos, utilizamos a terminação OSO. Se diminuirmos dois
oxigênios, adicionamos HIPO antes do elemento mais a terminação OSO. Se
aumentar o número de oxigênio, colocamos o prefixo PER na frente do elemento.
Veja os exemplos:
H2SO5 – ácido persulfúrico
H2SO4 – ácido sulfúrico
H2SO3 – ácido sulfuroso
H2SO2 – ácido hiposulfuroso
Então:
Ácido per+elemento+ico
Ácido+elemento+ico
Ácido +elemento+oso
Ácido+hipo+elemento+oso
· Base
– Segundo Arrhenius, é toda a espécie química que em solução aquosa libera como
único anion OH- (hidroxila).
Exemplo: NaOH + H2O ↔
Na+ + OH-
Mg(OH)2 + H2O
↔ Mg2+ + 2OH-
Al(OH)3 + H2O
↔ Al3+ + 3OH-
As principais características
físicas das bases são:
- sabor adstringente (sabor igual ao do caqui ou da
banana verde que parece que “prende” a língua);
- conduzem eletricidade em solução aquosa (em
água);
- mudam a cor de certas substâncias, os chamados
indicadores ácido-base;
-reagem com ácidos formando sal e água.
As bases são muito usadas em
nosso dia a dia, vejamos algumas bases e seus usos:
- Hidróxido de sódio (NaOH) – conhecida também como
soda cáustica. É tóxico e corrosivo. Usado para desentupir pias. É muito usado
na indústria química para preparar sabão e outros compostos orgânicos.
- Hidróxido de Magnésio (Mg(OH)2) – usado como
antiácido estomacal. É também chamado de leite de magnésia.
- Hidróxido de cálcio – (Ca(OH)2) – chamado de cal
hidratada, cal apagada ou cal extinta. Usada na construção civil para preparar
argamassa e usado em pinturas. O hidróxido de cálcio em água é chamado de leite
de cal ou água de cal.
- Hidróxido
de amônio (NH4OH) em solução aquosa é conhecido como amoníaco ou amônia. Usado
em limpeza doméstica, saponificações de gorduras e óleos. É tóxico e irritante
aos olhos.
Classificação
das bases
As bases podem ser
classificadas quanto sua composição química, força e ionização.
A) Número de OH- dissociadas:
- Monobase – possui uma OH-
Exemplo: NaOH, NH4OH
- Dibase- possui dois OH-
Exemplos: Mg(OH)2, Fe(OH)2
- Tribase – possui três OH-
Exemplos: Al(OH)3, Fe(OH)3
- Tetrabase – possui quatro OH-
Exemplos: Pb(OH)4, Sn(OH)4
B) Força Básica/Grau de Dissociação:
- Base Forte – tem grau de dissociação de quase
100%. São as bases dos metais alcalinos e alcalinos terrosos.
Exemplos: NaOH, KOH, Ca(OH)2
Exceção: Mg(OH)2 que é uma base fraca.
- Base Fraca – tem grau de dissociação inferior a
5%. São as demais bases, incluindo o Mg(OH)2 e NH4OH.
C) Solubilidade em Água:
- Solúveis: bases dos metais alcalinos e o NH4OH.
Exemplos:
KOH, NaOH, LiOH, NH4OH.
- Pouco solúveis: bases dos metais alcalinos
terrosos.
Exemplos: Ba(OH)2, Ca(OH)2, Mg(OH)2.
- Insolúveis: demais bases.
Exemplos: Fe(OH)2, Al(OH)3, Sn(OH)2
Nomenclatura
das bases
A) Elementos com um NOX/ Elementos com NOX fixo:
Hidróxido de + nome do elemento
Exemplos:
NaOH (nox 1+) – hidróxido de sódio
Mg(OH)2 (nox 2+) – hidróxido de magnésio
Ca(OH)2 (nox 2+) – hidróxido de cálcio
B) Elementos com mais de um NOX/ Elementos com NOX
variável:
Hidróxido de + nome do elemento + OSO/ICO
Ou ainda:
Hidróxido de + nome do elemento + número do NOX em
romano
O NOX maior fica com a terminação ICO e o NOX menor
fica com a terminação OSO.
Exemplos:
Fe(OH)2 – hidróxido ferroso ou hidróxido de ferro
II
Fe(OH)3 – hidróxido férrico ou hidróxido de ferro
III
·
Sais – Segundo conceito de Arrhenius, e toda a
espécie química que em solução aquosa apresenta o cátion diferente de H+
e o ânion diferente de OH-.
Os
sais podem ser obtidos a partir da reação de neutralização de ácidos e bases,
em que são originados como produtos sal e água.
Exemplo: HCl
+ NaOH →
NaCl + H2O
Ácido Base Sal
As principais características
físicas dos sais são:
- conduzem eletricidade quando estão na fase
líquida (fundidos) ou em solução aquosa, porque nestes casos há elétrons
livres;
- geralmente são sólidos à temperatura e pressão
ambiente (25°C e 1atm);
- Não são voláteis.
Utilizamos diversos sais em
nosso dia a dia com diferentes objetivos, vejamos alguns sais e seus usos:
- Cloreto de sódio (NaCl) – é obtido da água do mar
e utilizado na alimentação como sal de cozinha e na conservação de carnes. Na
indústria, é usado para a produção de soda cáustica e gás cloro.
- Carbonato de sódio (Na2CO3) – também chamado de
soda ou barrilha. Usado para a fabricação de vidro, sabão, corantes e no
tratamento de água de piscina.
- Carbonato de cálcio (CaCO3) – na natureza, é
encontrado na forma de mármore, calcário e calcita. Forma as estalactites e as
estalagmites das cavernas. Usado na produção de cimento e de cal virgem (Cao).
Reduz a acidez do solo.
- Hipoclorito de sódio (NaOCl) – usado como
anti-séptico e alvejante (clareamento de roupas).
Nomenclatura
dos sais
O nome do sal é formado a
partir do nome do ácido que o originou:
SULFIXO DO ÁCIDO
|
SULFIXO DO SAL
|
ídrico
|
eto
|
ico
|
ato
|
oso
|
ito
|
Dessa maneira o nome do sal é
dado por:
Nome do ânion do ácido de origem + eto/ato/ito + de
+ nome do cátion da base de origem
Exemplo:
HCl
+ NaOH → NaCl + H2O
ácido clorídrico hidróxido de sódio cloreto de sódio água
CaF2 – fluoreto de cálcio
NaBr – brometo de sódio
Li2(SO4) – sulfato de lítio
KNO2 – nitrito de potássio
Na2CO3 – carbonato de sódio
OBS: Quando o cátion possui mais de uma valência escrevemos
a valência ao final do nome em algarismos romanos. Mas, também podemos usar o
sufixo oso para o nox menor e ico para o nox maior.
Exemplo:
CuCl – Cloreto de Cobre I ou Cloreto Cuproso
CuCl2 – Cloreto de Cobre II ou Cloreto
Cúprico
·
Óxidos – São compostos constituídos por oxigênio
ligado a outro elemento químico, neste composto o oxigênio é o elemento mais
eletronegativo, sendo daí sempre ânion. Por isso, não existe óxido de flúor.
Exemplos:
Na2O, MgO, Al2O3, FeO.
Vejamos
alguns usos dos óxidos:
- Óxido de cálcio (Cao) – sólido branco usado na
construção civil para fabricar cimento, tijolo, cerâmicas. Age como fungicida e
bactericida. Na agricultura, para corrigir a acidez do solo.. pode ser chamado
de cal viva ou cal virgem.
- Dióxido de carbono (CO2) – é o gás carbônico
obtido como subproduto de várias reações industriais. Usado em refrigerantes e
quando sólido é conhecido como gelo-seco. Participa da fotossíntese das
plantas.
- Óxido de hidrogênio (H2O) – é a água. Óxido mais
importante do planeta. Toda a forma de vida na Terra está associada a este
óxido.
- Óxido de zinco (ZnO) – é um pó branco (alvaiade)
usado em pinturas do rosto de palhaços. Usado também como protetor solar.
- Peróxido de Hidrogênio (H2O2) – chamada de água
oxigenada, é um peróxido que se decompõe rapidamente. É usado como bactericida
e para branqueamento de cabelos, fibras e papel.
Classificação dos óxidos
A) Óxidos Básicos:
reagem com água para formar bases ou reagem com ácidos formando sal e água.
Exemplos:
Na2O + H2O →
2NaOH
2Na2O + 2HCl
→ 2NaCl + H2O
São sólidos iônicos.
Metais alcalinos e alcalinos terrosos reagem com a água. Estes metais tem NOX
1+, 2+ e 3+.
B) Óxidos Ácidos:
reagem com água para formar ácido ou reagem com base formando sal e água.
Exemplos:
SO3 + H2O → H2SO4
SO3 + 2
NaOH →
Na2SO4 + H2O
São formados por
oxigênio e não-metais ou metais com NOX elevado.
C) Óxidos Anfóteros:
comportam-se como óxidos básicos e também como óxidos ácidos. Só reagem com
ácido forte ou base forte.
Exemplos:
ZnO + HCl
→ ZnCl2 + H2O
ZnO +
2NaOH → Na2ZnO2 + H2O
São, em geral,
sólidos iônicos, insolúveis em água.
Podem ser formados
por: Zn, Pb, Sn, As, Sb.
D) Óxidos neutros:
não reagem com água, nem com ácido e nem com base.
Exemplos: CO, N2O,
NO.
São gases e moleculares,
formados por não-metais.
E) Peróxidos: reagem
com água ou com ácido diluído formando água oxigenada (H2O2).
Exemplos:
Na2O2 + 2H2O →
2NaOH + H2O2
Na2O2 + H2SO4 → Na2SO4 + H2O2
Na2O2
– peróxido de sódio
H2O2
– peróxido de hidrogênio
Nomenclatura dos óxidos
A) Óxidos com NOX
fixo:
Em geral, metais
alcalinos e alcalinos terrosos.
Óxido de + nome do
elemento
Exemplos:
Na2O –
óxido de sódio
CaO – óxido de cálcio
B) Óxidos com NOX
variável:
Óxido de + nome do
elemento + ICO/OSO ou acrescenta-se o numero de Nox em algarismos romanos ao
fim do nome do óxido.
ICO – NOX maior
OSO – NOX menor
Exemplos:
Fe2O3–
(Fe com nox 3+) – óxido férrico ou óxido de Ferro III
FeO – (Fe com nox 2+)
– óxido ferroso ou óxido de Ferro II
Pode-se usar, ainda a
nomenclatura que indica o número de átomo de oxigênios e o número de átomos do
elemento. Usa-se esta forma para dar nome aos óxidos ácidos.
Mono Mono
Di + óxido de
+ Di + nome do elemento
Tri
Tri
Exemplos:
CO – monóxido de
carbono
CO2 –
dióxido de carbono
SO3 –
trióxido de enxofre
N2O3
– trióxido de dinitrogênio
REFERÊNCIAS
v
ESTADO
DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares
Estadual de Química. Secretaria de Estado da Educação, 2008.
v
FELTRE,
Ricardo. Química Geral, vol. 1;
Físico-química, vol. 2; Química Orgânica, vol.3. São Paulo: Moderna, 2004.
v
LEMBO,
Antonio. Química, realidade e contexto.
São Paulo: Ática, 1996.
v
MORTIMER,
Eduardo F. & MACHADO, Andréa H.. Química,
volume único: Ens. Médio. São Paulo: Scipione, 2005.
v
USBERCO,
João & SALVADOR, Edgard. Química,
volume único, 5 ed.. São Paulo: Saraiva, 2002.
v
UTIMURA,
Teruko & LINGUANOTO, Maria. Química
(Ens. Médio). São Paulo: FTD, 1998.
Obrigado professor, me ajudou muito!
ResponderExcluirAmei esse conteúdo mim ajudou bastante,Ameii !!
ResponderExcluirAgora dá uma olhada no conteúdo de português querida !!!
Excluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirObrigado mesmo, ajudou, e muito!
ExcluirVenâncio Freire, você também, porque não está sabendo utilizar a vírgula.
ExcluirCara muitooo bom mesmo
ResponderExcluirCara muitooo bom mesmo
ResponderExcluirConteúdo legal,mas faltou exercícios. Da próxima vez,se puder,coloque uma lista de questões gabaritadas,agradeceria muito!
ResponderExcluirvlw!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMUITO OBRIGADA!Esse site me deu uma ótima base.
ResponderExcluir♡
ResponderExcluire legal
ResponderExcluirfghfh
ResponderExcluire legal
ResponderExcluirfghfh
ResponderExcluirObrigada professor, ótimo conteúdo, me ajudou muito nos estudos!
ResponderExcluirmuito bom resumo! se postar atividades fica melhor ainda.
ResponderExcluirExcelente conteúdo!
ResponderExcluirvlw! adorei, vai me ajudar bastante!
ResponderExcluirmuito top... ajudou bastante.. graças a Deus e ao professor.
ResponderExcluirFiquei De Recuperação, Tomara Que Isso Me Ajude. Parabéns! Só Pelo Esforço Ja Valeu.📚🌻🍂
ResponderExcluirParabéns, ótimo resumo! Me ajudou bastante
ResponderExcluir